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Agenda transForm investe 65 milhões em I&D e inovação no setor florestal, Vida Económica

A Agenda Transform – Agenda para a transformação digital das cadeias de valor florestais, que reúne 59 participantes da cadeia de valor florestal, é uma entre as 18 agendas mobilizadoras e agendas verdes com as quais o Governo assinou, a meados de setembro, contrato de financiamento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Ao todo, segundo o Governo, as entidades representantes destas Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial deverão “gerar 9077 postos de trabalho, dos quais 6230 altamente qualificados”.

Está em cima da mesa um investimento associado de 1,3 mil milhões de euros em áreas tão diversas como saúde, automóvel, aeronáutica e espaço, economia do mar ou fabricação aditiva. Todos os investimentos previstos nestas agendas mobilizadoras têm de estar concluídos e com resultados concretizados até ao final de 2025.

Na área da floresta, o ForestWISE é o coordenador técnico-científico da Agenda Transform – agenda para a transformação digital das cadeias de valor florestais numa economia portuguesa mais resiliente e hipocarbónica. Agrega 59 entidades de toda a cadeia de valor florestal, desde produtores florestais, empresas, entidades de gestão territorial e universidades e centros de investigação.

Em declarações à “Vida Económica”, Alexandra Marques, membro da equipa de coordenação da Agenda Transform, não esconde o entusiasmo. “Sim, estamos muito motivados e comprometidos com esta Agenda”, a qual, diz, “se enquadra plenamente na missão do nosso coLAB de cogeração e transferência de conhecimento e tecnologia sobre a gestão integrada da floresta e do fogo”.
A Agenda Transform, reforça Alexandra Marques, “é um esforço verdadeiramente mobilizador e com potencial transformador
do setor florestal nacional”.

Garante, aliás, que o consórcio, liderado pela Altri e com coordenação científica do ForestWISE, é “muito forte”, tendo os projetos que compõem a Agenda sido “preparados com os agentes do setor, para responder às reais necessidades”.

Trata-se de “um esforço colaborativo ambicioso e sem precedentes no nosso país”, refere Alexandra Marques. Os próximos passos passam pela “mobilização das equipas multidisciplinares” para a execução dos projetos da Agenda”, estando, nesta fase, “a ultimar os procedimentos de gestão e acompanhamento dos trabalhos e estruturar a componentede comunicação do projeto”.

Para os responsáveis do coLAB ForestWISE “as florestas e o setor florestal são forças motrizes da reindustrialização e desenvolvimento sócio-económico, suportado na utilização sustentável dos recursos naturais e na mitigação dos impactos das alterações climáticas”. E esta Agenda Transform que agora se formaliza vem “impulsionar transformações estruturais e urgentes para uma resposta eficaz aos desafios societais atuais”, como é o caso da digitalização e da neutralidade carbónica.

Todas as entidades das cadeias de valor florestais estão representadas, nomeadamente, os produtores florestais – representados pelas suas federações Forestis e UNAC –, os grupos de certificação florestal – representados pela 2BForest, os produtores de plantas e prestadores de operações florestais – representados pela ANEFA, e Florecha –, as indústrias florestais – Navigator, Altri, Sonae Arauco Portugal –, as energéticas – REN e E-REDES –, as empresas da fileira do pinhão, castanha, mel e outros produtos não lenhosos – representados pela Unimadeiras, – o mercado e os consumidores – como o IKEA e o Natura XXI –, e o setor público – representado pelo ICNF e DGT.

Vida Económica