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Coordenadores dos projetos do transForm reúnem-se para discutir as ambições e desafios da Agenda

Os coordenadores dos 28 projetos que integram o transForm, juntamente com os líderes dos seis work packages (WP)/pilares em que se organiza a Agenda, reuniram-se no passado dia 1 de fevereiro em Leirosa, Figueira da Foz, num workshop organizado pelos CoLAB ForestWISE e Altri Florestal. Neste workshop pretendeu-se reforçar a colaboração e as sinergias entre os participantes de cada WP, criar um entendimento comum sobre os projetos de cada WP e os seus principais resultados, e estruturar uma mensagem clara sobre a ambição e desafios de cada WP, com o objetivo último de fomentar estratégias verdadeiramente colaborativas na implementação e execução da Agenda.

Durante o workshop, os líderes de cada WP dinamizaram sessões de trabalho nas quais os coordenadores dos projetos identificaram a relação e sinergias entre os vários resultados dos projetos e discutiram desafios individuais e transversais para atingir as ambições da Agenda.

No que diz respeito ao WP1, que integra nove projetos muito diversificados no âmbito da Gestão de Florestas Resilientes, foram realçadas sinergias quer entre os resultados dos projetos que apresentam um maior cariz de IDT, quer entre os projetos mais vocacionados para a geração de informação de apoio à decisão. A título de exemplo, identificou-se uma relação forte e, consequentemente, a existência de possíveis sinergias entre a rede de parcelas permanentes que irá ser gerada num dos projetos e a plataforma digital de boas práticas para a recuperação de ecossistemas de carvalho a ser gerada noutro projeto. As principais ambições identificadas no WP1 foram a geração de serviços de dados e apoio à decisão, contributo para boas práticas de gestão florestal e melhoria no acesso à informação do setor florestal. No que diz respeito aos desafios deste WP, os coordenadores de projetos realçaram aspetos como a existência de múltiplas plataformas e sua eventual compatibilidade e interoperabilidade, a dificuldade na atualização e validação de dados, a falta de disponibilização de informação, a adesão e adoção às práticas, processos e atividades, entre outros.

No WP2, que integra sete projetos dedicados às Operações e Logística Verde, onde dominam as questões de otimização das operações, digitalização e automação de processos, e da motorização elétrica, foram várias as sinergias destacadas entre resultados dos projetos. A título de exemplo, identificou-se uma forte ligação entre as máquinas e equipamentos florestais elétricos a ser desenvolvidos, com a necessidade de assegurar uma boa rede de carregamento elétrico, assim como bons acessos às estradas.

No WP dedicado à Economia Circular (WP3), com seis projetos, foram realçadas sinergias entre alguns dos projetos: o grupo verificou uma forte ligação entre a formulação de misturas e os novos fertilizantes, a maior eficiência dos fertilizantes e a redução dos gases de efeito de estufa. Por sua vez, foi também evidenciado que a utilização de novos fertilizantes está relacionada com a possibilidade da utilização de biofertilizantes. No que diz respeito às ambições, foram sinalizadas, a obtenção de (bio)fertilizantes a partir de subprodutos industriais, os novos processos industriais eco eficientes e os novos processos industriais assentes em práticas de economia circular, sendo a maturidade tecnológica um denominador comum em termos de desafios.

Por fim, no WP dos Mercados e Consumidores (WP4), que integra cinco projetos relacionados com a valorização de produtos florestais não lenhosos, serviços dos ecossistemas, apoio à comercialização de produtos florestais, novos produtos e aplicações de madeira para construção sustentável e eco embalagens, foram também debatidas as potenciais sinergias. Por exemplo, identificaram-se questões relacionadas com uma proposta de instrumento de remuneração de serviços de ecossistemas e a necessidade de existir um standard de avaliação e valoração. A existência de uma plataforma digital de apoio ao comércio de produtos florestais está intimamente ligada ao desenvolvimento de uma marca que seja reconhecida e uma referência por parte do seu público-alvo. No que diz respeito às ambições deste WP, o grupo destacou a inovação na produção, distribuição e venda de produtos florestais não lenhosos, aspeto que trará desafios como a valorização dos benefícios ambientais, a competitividade do produto final, comparando por exemplo, com os produtos de base plástica e os benefícios da inovação a médio/longo prazo.

Este workshop foi o primeiro de muitos para estimular uma maior colaboração entre parceiros e promover o sucesso dos projetos da Agenda transForm.